terça-feira, 5 de abril de 2022

Povos Tradicionais do estado do Maranhão participam do Acampamento Terra Livre 2022

 


Fotos: Juliana Pesqueira / Apib / Coletivo Proteja

Por  Assessoria de comunicação da Articulação das Pastorais do Campo

Integrantes da comunidade Tremembé de Raposa (MA), se juntam em comitiva para participar do 18º Acampamento Terra Livre em Brasília.  A comunidade indígena que fica 37 km de São Luís, luta em defesa dos seus direitos, uma de suas principais pautas é a reivindicação para regularização do território tradicional. Junto a coordenação das Organizações e articulações do Povos Indígenas do Maranhão (COAPIMA), os 13 integrantes representarão a luta de outras comunidades tradicionais do Maranhão, a exemplo dos povos Akroá Gamella, Tremembé do Engenho e Kariú Kariri. Infelizmente, devido às circunstâncias, nem todos podem estar presente no ATL, mas nós juntos numa só voz falamos pelos povos em retomados aqui do Maranhão. Afirma Rosa Tremembéñ, uma das articuladoras da comunidade.


 

Indígenas de todo o país iniciaram a 18ª edição do Acampamento Terra Livre (ATL). Com o tema “Retomando o Brasil: Demarcar Territórios e Aldear a Política”, o evento pretende reunir 8 mil indígenas durante os próximos dez dias, de 4 a 14 de abril, mesmo período em que o Congresso Nacional e o governo federal pautam a votação de projetos que violam os direitos dos povos originários, como o Projeto de Lei 191/2020, que abre as terras indígenas para a mineração. 

 

Para a comunidade Tremembé e a comitiva do Maranhão a presença no ATL é muito além da participação, é afirmar a resistência diante as inúmeras tentativas de anular a existência dos povos tradicionais. As comunidades buscam por visibilidade e garantia de direitos. Entre as pautas a comunidade vai debater os retrocessos e as ameaças aos povos indígenas e comunidades tracionais a exemplo do PL 191/2020, que regulariza a mineração em terras indígenas e o PL 490/2007, que dificulta a demarcação de terras indígenas. Nos últimos anos além acionar a Fundação Nacional do Índio (FUNAI) para solicitar reconhecimento de território, a comunidade recorreu aos órgãos públicos para denunciar e solicitar proteção em razão das invasões, despejos, aberturas de estradas ilegais e destruição de casas e plantações em seus  territórios.

 

“Como vamos ter terra livre se esses projetos de lei forem efetivados?  Querem nos tirar o direito de viver, mais uma vez os invasores com liberdade ‘legal’ querem destruir o que construímos como foi há mais de quinhentos anos. É por isso que nós damos as mãos e somos presença em Brasília no Acampamento Terra Livre".  Afirma Rosa Rosa Tremembé.  

 

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