Presença e solidariedade das Pastorais do Campo às famílias do acampamento Terra e Liberdade do MST, Pará

 

Presença da representação do governo federal 

Por Cláudia Pereira | APC

 

 

Em gesto de solidariedade as pastorais do campo, representada pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), estiveram presente ao Acampamento Terra e Liberdade, do Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Sem Terra (MST), em Parauapebas, sul do Pará.  Andréia Silvério e Carlos Lima da coordenação nacional da CPT estiveram no acampamento (11/12) para fortalecer o apoio e abraçar os companheiros e companheiras do MST que vivenciaram o momento trágico. No sábado (09/12) um incêndio provocado por um curto-circuito na rede elétrica matou 09 pessoas e feriu oito.

 

“A participação enquanto Pastoral da Terra, Movimento Sindical e Movimento Partidário é um gesto que demonstra que no país há um sentimento muito forte de solidariedade”. Afirmou Carlos Lima, que lamenta ao fato do Estado tomar iniciativa em momentos de tragédia, principalmente quando ocorrem mortes. Fica evidente que não há por parte do governo um plano para resolver a questão histórica agrária. Lima enfatiza que as pautas de luta por reforma agrária integram o acesso aos direitos para a titulação das terras quilombolas e a homologação das terras indígenas. O atual governo acatou as pautas dos povos, mas demonstra compromisso com o agronegócio, deixando de lado a temática de acesso à terra para camponeses e camponesas.

 

Representação do governo fez encaminhamento publicamente

 

 

O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, (MDA), Paulo Teixeira e o presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), César Aldrighi, estiveram com as famílias no acampamento. Um dos encaminhamentos é a promessa de realocar as famílias até o dia 25/12 (Natal) para um espaço temporário ou uma área que tenha negociação de aquisição. O acampamento está próximo uma BR, morando de forma precária. São mais de mil famílias vivendo em situações difíceis.

 

A representação do governo, apresentou possibilidade em dialogar com a Mineradora Vale, para que possa ceder um espaço ou área, uma vez que a Vale é devedora do Tesouro Nacional. A coordenação da CPT relatou que há um esforço do governo municipal, estadual junto ao federal para acolher as famílias e retirá-las da situação precária que vivem neste momento. Outro ponto importante que o governo lançou compromisso com as organizações do movimento, foi a vistoria de 19 áreas no estado do Pará, em que a prioridade é 4 ou 5 áreas indicadas pelo movimento. Também houve o compromisso por parte do governo a verificação e comprovação das terras públicas ou utilizadas indevidamente por fazendeiros.

Imagens: coordenação CPT Nacional