sábado, 14 de setembro de 2024

CEPAST-CNBB denuncia violência contra Guarani e Kaiowá e Avá Guarani

Missão em solidariedade aos Guarani visita tekoha Yhovy. Foto: Renato Santana/Cimi

A Comissão Episcopal para a Ação Sociotransformadora da CNBB (CEPAST-CNBB) emitiu uma nota em 13 de setembro de 2024, manifestando seu apoio à Missão Solidária de Direitos Humanos que visita os povos Guarani e Kaiowá no oeste do Paraná e Mato Grosso do Sul. A Comissão expressa profunda preocupação com os relatos de violência e desrespeito aos direitos desses povos originários, que enfrentam ameaças à sua existência, expulsões de suas terras ancestrais e violação de direitos básicos.

A nota repudia veementemente as ações de fazendeiros e jagunços que, com a suposta conivência de autoridades locais, promovem um clima de terror contra os indígenas. A CEPAST denuncia a criminalização e a violência contra esses povos como um atentado à dignidade humana e à Constituição brasileira.

Comissão se une à luta dos Guarani e Kaiowá e exige que o Estado brasileiro cumpra seu dever constitucional de proteger os povos indígenas, garantindo a demarcação imediata de suas terras e a punição dos responsáveis pela violência. Além disso, conclama a sociedade brasileira a se solidarizar com a causa e lutar por um país onde todos os povos possam viver em paz, com seus direitos e culturas respeitados.


Leia a nota íntegra 


BASTA de violência contra os povos Avá Guarani e Guarani e Kaiowá!

Nota de Apoio da Comissão Episcopal para a Ação Sociotransformadora da CNBB


    A Comissão Episcopal para a Ação Sociotransformadora da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CEPAST-CNBB) se solidariza integralmente com a Missão Solidária de Direitos Humanos em sua visita aos povos Avá Guarani e Guarani e Kaiowá. Acompanhamos com grande apreensão os relatos de violência e desrespeito que ameaçam a existência desses povos originários, expulsando-os de seus territórios ancestrais e violando seus direitos primordiais, entre os quais a garantia da permanência na terra. É uma ameaça à existência dos Avá Guarani e Guarani e Kaiowá.

Não podemos nos calar diante dessa barbárie! Repudiamos veementemente as ações de fazendeiros e jagunços que, com a conivência de autoridades locais, promovem um verdadeiro cerco de terror contra os povos indígenas. A criminalização e a violência contra esses povos são um atentado contra a dignidade humana e uma afronta à Constituição brasileira.

A CEPAST se une à luta dos Avá Guarani e Guarani e Kaiowá e de todos os que defendem a justiça e os direitos dos povos originários. Exigimos que o Estado brasileiro cumpra seu dever de proteger os povos indígenas, garantindo a demarcação imediata de suas terras e a punição exemplar dos responsáveis pela violência.

Conclamamos toda a sociedade brasileira a se unir a essa causa urgente. Não podemos permitir que a ganância e o preconceito continuem a ameaçar a vida e a cultura dos povos originários deste país.

Juntos, lutaremos por um Brasil que queremos: o Bem Viver dos povos onde todos possam viver em paz, com seus direitos garantidos e suas culturas respeitadas!


 

Brasília, 13 de setembro de 2024


Dom José Valdeci Santos Mendes

Bispo de Brejo – MA

Presidente da CEPAST-CNBB


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