Centenas de Pessoas participaram do ato do Grito dos Excluídos em SP |
Povos do campo, da floresta, das águas e das cidades reforçam a
importância da luta por Terra, Teto, Trabalho e a defesa da democracia. 07 de
setembro, Dia da Independência, foi momento para os coletivos, movimentos
sociais, religiosos e articulações unir forças no 28º Grito dos Excluídos e
Excluídas. Com o lema “Brasil: 200 anos de (In)dependência. Para quem?”, e o
tema: “Vida em primeiro lugar” o Grito dos Excluídos e Excluídas ecoou em
várias cidades do país.
Na capital Paulista sob chuva forte, centenas de pessoas
reuniram-se em frente à Catedral da Sé para manifestar o seu grito de luta.
Lideranças refletiram o cenário social, político e o período eleitoral no país.
Durante as falas das lideranças, por diversas vezes foi abordado a violência
contra os povos indígenas que sofrem ameaças em seus territórios, a fome que é
latente nos centros urbanos, a falta de moradia, o desemprego e as violações
aos biomas e a defesa da democracia.
Gabriel Gonçalves, do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB)
de São Paulo, falou da atenção que todos precisam ter à democracia brasileira e
ao período eleitoral. "O nosso grito é pelas políticas públicas que não
chegam a quem precisa e para todas as comunidades impactadas pelos projetos de
mineração que devastam o povo do campo e da cidade”.
“O nosso grito é Não ao Marco Temporal, que é uma afronta a nós
povos indígenas, é dizer que esses 200 anos de independência, antes de qualquer
lei imposta o território nos pertence”. Falou a indígena Tamikuã Tixhi, da
Comunidade Jaraguá, localizada na região noroeste da cidade de São Paulo e que
enfrentam irregularidades na demarcação do território e sofrem com a
especulação imobiliária, além da poluição de seus recursos
hídricos.
O nosso grito é por justiça social, nosso grito é em defesa da
vida, disse o Pai Denisson D`Angelis que integra a comissão Inter-religiosa Dom
Paulo Evaristo Arns. O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)
também estava presente representando os camponeses que durante a pandemia
realizaram várias ações solidárias para garantir segurança alimentar para quem
mais precisa. Kelli Marfot da coordenação Nacional, disse que este grito
é de fundamental importância neste período eleitoral. Ela reforça que a
reflexão é necessária para toda a sociedade em razão disso, pois trata-se de
temas que defendem o bem viver dos povos, disse Kelli.
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