Entre os pontos observados pelo estudo, revelou que os
povos e comunidades tradicionais teve orçamento, mas pouca execução.
O Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), realizou estudo sobre o “Balanço do Orçamento da União: Brasil em reconstrução?” é um documento que analisa os gastos do governo federal em 2023, oferecendo uma visão crítica de como os recursos públicos estão sendo empregados em dez áreas fundamentais para a garantia dos direitos humanos.
A análise também contextualiza o ambiente econômico, a execução financeira em 2023 e o orçamento previsto para 2024.
O Orçamento da União refere-se a todas as receitas e despesas dos órgãos e poderes do governo federal, que é estruturado e regulamentado por leis específicas, como o Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Lei Orçamentária Anual (LOA).
Nesta edição o relatório avalia as políticas
implantadas e os desafios enfrentados no processo de execução do orçamento,
especialmente em um contexto de reconstrução de políticas sociais e ambientais
como o vivido no primeiro ano do governo Lula. O balanço destaca as prioridades governamentais e as necessidades de ajustes
para melhorar a efetividade da gestão pública.
Entre os pontos observados pelo estudo, revelou que os povos e comunidades tradicionais teve orçamento, mas pouca execução.
- A regularização e proteção de terras Indígenas teve um grande aumento no orçamento, mas a execução financeira ficou em apenas 41%.
- A política de regularização fundiária para quilombolas teve um orçamento de R$ 2,4 milhões, cinco vezes mais que no período anterior.
- Para 2024, o valor autorizado é de R$ 144,3 milhões. A meta constante no Plano Plurianual (PPA) 2023-2027 é de 12 mil hectares neste ano.
Diante do compromisso e orçamento proposto, cabe a sociedade ficar atenta e cobrar, sobretudo os povos e comunidades tradicionais que não estão tendo suas pautas atendidas e estão sofrendo diversas violações.
Com uma perspectiva voltada para os Direitos Humanos, o
Balanço do Orçamento da União tem como objetivo aumentar a compreensão da
população sobre a importância do orçamento na promoção da justiça social e
ambiental e na redução das desigualdades, além de servir de base para
reivindicações, cobranças e sugestões para o alcance de políticas públicas mais
equitativas.
O relatório não só explica como os recursos estão sendo
utilizados, mas também destaca áreas onde a execução orçamentária foi
desafiadora. Além disso, ele fornece uma base sólida para a sociedade civil
reivindicar mudanças e melhorias, assegurando que os direitos não devem ser
subordinados a políticas fiscais restritivas. Com essa análise, esperamos
auxiliar na capacitação da sociedade para cobrar responsabilidade, contribuir
na formulação de políticas públicas mais eficazes e assegurar que os direitos
fundamentais sejam uma prioridade nos planejamentos orçamentários.
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