Por Comunicação |
APC
Dezenas organizações, coletivos,
pastorais e movimentos se uniram à Campanha contra a Violência no Campo e a
Campanha a Vida por um Fio e assinaram a nota de repúdio ao acirramento da
violência contra os trabalhadores e as trabalhadoras do campo na primeira
quinzena do mês de novembro.
Há um ano a Campanha Contra a
Violência no Campo promove ações com objetivo no fortalecimento das políticas
de proteção para os povos do campo, das florestas e das águas. A iniciativa que
tem consonância com a Campanha “A vida por um fio” busca sensibilizar a
sociedade nacional e internacional para a violência que os povos enfrentam
diariamente. As situações de ameaças, assassinatos e outras violações que os
povos vivenciam as campanhas demandam ao poder público políticas públicas,
justiça e proteção das pessoas que têm suas vidas ameaçadas.
A nota descreve os últimos atos de
violência e assassinatos ocorridos na primeira quinzena de novembro e alerta o
governo para a situação que perde o controle e lembra que os crimes aconteceram
no mesmo período em que o Governo instalou uma Comissão de Enfrentamento à
Violência no Campo, sob o Decreto nº 11.638, de 16/08/2023.
“Urgentemente, exigimos do Governo e da Justiça maior celeridade no acompanhamento e julgamento destes casos, para que a impunidade não seja uma regra diante dos assassinatos no campo, bem como a proteção de todas as pessoas que sofrem ameaças no campo brasileiro”.
Exige
um trecho da nota.
Leia a Nota:
Chega de Violência no Campo!
Toda morte morrida, toda morte matada, se foi vida
vivida, se foi vida doada,
não é morte, é VIDA.
(Dom Pedro Casaldáliga).
A Campanha contra a Violência no Campo e a Campanha
a Vida por um Fio vêm, por meio desta nota de repúdio, chamar atenção das
autoridades políticas, da justiça e da sociedade sobre o acirramento da
violência contra os trabalhadores e as trabalhadoras do campo.
Não bastasse a violência política pelo Projeto de
Lei do Marco Temporal, que ameaça derrubar os vetos do Presidente Lula ao PL
2903/2023 e violar ainda mais os direitos dos Povos Indígenas, a primeira
quinzena de novembro está marcada por diversos assassinatos por conflitos no
campo:
- Josimar da Silva Pereira, membro do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, na cidade
de Vitória de Santo Antão (PE), no
dia 05/11;
- Agnaldo da Silva, indígena da etnia Turiwara, assassinado pelos seguranças da
empresa Agropalma, no município de Tailândia, na região do Vale do Acará,
no Pará, no dia 10/11;
- Ana Paula Costa Silva e Aldecy Vitunno Barros, integrantes do Movimento dos
Trabalhadores Rurais Sem Terra, no acampamento Quilombo do Livramento
Sítio Rancho Dantas, município de Princesa Isabel, no Sertão da Paraíba,
no dia 11/11.
No dia 10/11, em
Barra do Corda (MA), uma ação de cerca de dez policiais militares, contratados
por um fazendeiro e suspeitos de integrar milícia, tentou expulsar uma
comunidade; um deles foi morto, nove estão presos, sendo que dois feridos, no
hospital.
Basta! A violência contra os
povos do campo está aumentando de modo descontrolado, coincidentemente, no
mesmo período em que o Governo instalou uma Comissão de Enfrentamento à
Violência no Campo, sob o Decreto nº 11.638, de 16/08/2023, do Presidente Lula.
Na semana passada, as
Campanhas que assinam esta nota realizaram um seminário de autoproteção de
defensores e defensoras, no qual estiveram presentes várias pessoas ameaçadas
de morte em seus territórios; e divulgaram, ao final deste, a Carta de Brasília,
na qual fazem recomendações a diversos órgãos e ao Governo Federal.
Urgentemente, exigimos do
Governo e da Justiça maior celeridade no acompanhamento e julgamento destes
casos, para que a impunidade não seja uma regra diante dos assassinatos no
campo, bem como a
proteção de todas as pessoas
que sofrem ameaças no campo brasileiro.
É dever do Estado garantir a
proteção dos defensores e defensoras de direitos humanos!
Conclamamos a sociedade
brasileira para reivindicar justiça social e segurança, identificando e
denunciando as causas e os responsáveis que ameaçam a vida e incentivam e
promovem violências, como verdadeiros organizadores da morte matada.
Para que ocorra a paz é
necessária a justiça. Que o Estado faça seu dever e proteja seu povo contra as
diversas armas que matam quem defende a vida nesse país.
Basta de violência no campo!
Brasília, 14 de novembro de 2023
Campanha Contra a
Violência no Campo
Campanha a Vida
por um Fio
1
Comissão Pastoral da Terra – CPT
2
Movimento dos Pequenos Agricultores – MPA
3
Associação Brasileira de Reforma Agrária – ABRA
4
Movimento dos Atingidos pela Mineração – MAM
5
Sociedade Maranhense de Direitos Humanos – SMDH
6
Conselho Indigenista Missionário – CIMI
7
Cáritas Brasileira
8
Movimento Quilombola do Maranhão- MOQUIBOM
9
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST
10
Movimento Nacional de Direitos Humanos - MNDH Brasil
11
Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e
Agricultoras Familiares – CONTAG
12
Centro Popular de Formação Vida e Juventude
13
Rede Eclesial Pan Amazônica REPAM-Brasil
14
Rede Igrejas e Mineração
15
Comissão Brasileira Justiça e Paz (CBJP)
16
Centro de Assessoria e Apoio a Iniciativas Sociais - CAIS
17
Serviço Interfranciscano de Justiça, Paz e Ecologia - Sinfrajupe
18
Vivat International
19
Fórum de Direitos Humanos e da Terra MT
20
Observatório Nacional de Justiça Socioambiental Luciano Mendes de
Almeida – OLMA
21
Pastoral Carcerária Nacional
22
Maparajuba Direitos Humanos na Amazônia
23
Fetagri
24
6ª Semana Social Brasileira
25
Instituto Terramar
26
Irmandade dos Mártires da Caminhada
27
Mangue Jornalismo
28
Rede Dataluta
29
Assessoria do Bloco PT/PDT da Assembleia Legislativa do Paraná
30
Comissão Justiça e Paz de Brasília
31
Articulação Pacari Raizeiras do Cerrado
32
Rede de Notícias da Amazônia
33
Ufopa
34
Articulação Agro é fogo
35
Memorial das Ligas e Lutas Camponesas
36
Coletivo de Mulheres do Norte de Minas
37
Associação comunitária do Sítio Boi - Casinhas/PE
38
Comissão Dominicana de Justiça e Paz do Brasil
39
Centro Palmares de Estudos e Assessoria por Direitos
40
Rede de Educação do Semiárido Brasileiro - RESAB
41
Grupo Tortura Nunca Mais - Bahia
42
Movimento dos Atingidos por Barragens
43
Centro de Direitos Humanos de Cristalândia Dom Heriberto - CHDC
44
Centro de Direitos Humanos de Formoso do Araguaia -TO
45
Movimento SOS Chapada dos Veadeiros
46
Centro Popular de Formação da Juventude - Vida e Juventude
47
Pastoral da Pessoa Idosa - Diocese de Patos-PB
48
Comissão Pastoral da Terra do Piauí
49
Grupo de Estudos: Desenvolvimento, Modernidade e Meio Ambiente
(GEDMMA)
50
Alternativas para Pequena Agricultura no Tocantins (APA-TO)
51
Movimento Nacional da População de Rua - MNPR
52
Fórum Estadual dos Usuários do SUAS - FEUSUAS-MA
53
Pastoral da Mulher do Maranhão
54
Serviço de Ação, Reflexão e Educação Socioambiental - SARES
55
Fórum Ecológico de Bacabal
56
Grupo de Estudos Território e Trabalho - GETTrab/UFMA
57
Grito dos/as Excluídos/as
58
IFMA Campus São Luís Maracanã
59
Pastoral ecológica e CEBS (Lago do Junco Maranhão)
60
Ufrpe
61
Campanha Nacional em Defesa do Cerrado
62
Rede Social de Justiça e Direitos Humanos
63
Centro de Direitos Humanos Dom Máximo de Biennes - MT
64
Articulação Pacari Raizeiras do Cerrado
65
Movimento Fé e Política - PB
66
Serviço Pastoral dos Migrantes - SPM
67
Comissão de Promoção da Dignidade Humana (CPDH) - Arquidiocese de
Vitória - ES
68
Sindicato dos trabalhadores e trabalhadoras rurais de Jussara - Ba
69
Sttr Cafarnaum
70
Sindicato dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras
Familiares de Irecê
71
Rede de Agroecologia do Maranhão-RAMA
72
Associação Agroecológica Tijupá
73
Fórum Maranhense de Segurança Alimentar e Nutricional do Maranhão.
74
Sindicato dos trabalhadores rurais de Central
75
Associação de Aparecida Lago do Junco
76
Rede Cerrado
77
Coletivo de mulheres organizada do Norte de Minas
78
Sindicato dos trabalhadores Rurais de Porteirinha
79
CRB Nacional
80
Movimento Leste Maranhense-Cerrado
81
Rede de Mulheres das Marés e das Águas dos Manguezais Amazônicos
do Maranhão e Piauí
82
COMFREM Brasil
83
Instituto Coletivo Amazônia Negra Maranhense
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